O valor de um símbolo não está em seu desenho, mas no que ele representa.
Dois símbolos têm sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o símbolo de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente em volta e o símbolo de Hermes, chamado caduceu, que consiste em um bastão mais bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua extremidade superior.
Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica (fig.1).
Símbolo de Asclépio | Símbolo de Hermes |
Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina. [3-7]
Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. As seguintes interpretações têm sido admitidas:
Em relação ao bastão:
*árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento;
*símbolo do poder, como o cetro dos reis e o báculo dos bispos;
*símbolo da magia, como a vara de Moisés:
*apoio para as caminhadas, como o cajado dos pastores.
Em relação à serpente
*símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da doença;
*símbolo da astúcia e da sagacidade;
*símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele;
*ser ctônico, elo entre o mundo visível e invisível.
As serpentes não venenosas (Elaphe longissima) eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos.
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